CAMA COMPARTILHADA

Quando se trata de cama compartilhada, ouço muitas pessoas dando palpites dizendo que é errado, mas temos que pensar principalmente nas pessoas envolvidas e no porquê fazem.

Eu mesma paguei a língua (assim como muitas mães por aí) e ainda pago a respeito de muitos assuntos na maternidade. Hoje, penso diversas vezes antes de falar algo sobre qualquer coisa ou qualquer assunto que ainda irei passar no decorrer da vida. 

Sobre cama compartilhada, sempre julguei e nunca entendi, por exemplo, porque pessoas tão próximas a mim colocavam os seus filhos para dormirem na cama com elas. Pensava não só nos riscos que vemos sempre por aí, mas no vício que se tornaria, tanto para os pais quanto para os filhos se deixarem acontecer com frequência.

Entendo o que dizem quando “a cama dos pais tem um sonífero”, ou que tem “um pó misterioso de amor” impregnado nos travesseiros, que faz com que as crianças durmam mais. No meu caso, tem mais que isso, tem amor e cuidado! É onde meu filho sente segurança em dormir a noite toda, porque se sente protegido! 

Alguns profissionais da saúde, acreditam que a independência e autonomia da criança ficam prejudicadas e que dormir com os pais pode gerar dependência emocional. Para quem faz o uso da cama compartilhada, isso não é real, pelo contrário, li em um texto que “ter uma segurança e estabilidade emocional na hora de dormir torna as crianças mais seguras, autoconfiantes e com melhor autoestima, fazendo com que o processo de tomada de independência e autonomia seja natural com o aumento da idade.” E isso é muito real!

Acontece que, por trás de tudo que dizem,  se você estiver considerando uma cama compartilhada, recomendo discutir a questão com seu parceiro, considerar os prós e contras, e garantir que todos os envolvidos estejam confortáveis e seguros com a decisão. Dependendo da rotina do casal, a vida a dois pode ser atrapalhada, mas nada que uma boa dose de criatividade não resolva. O que deve ser considerado é o tempo de descanso, onde os pais se dediquem ao próprio relacionamento. Se os pais optarem por compartilhar a cama, é preciso reservar um tempo a sós para manter a relação saudável. 

Concluindo, a decisão vai ser sempre de cada família. Cada criança tem uma demanda diferente, cada família tem que entender e fazer o que melhor é para eles. O que temos que  nos preocupar, é em manter sempre a segurança, que eu acho que é a palavra mais importante quando a gente fala dos nossos filhos.

Kamilla Corsino

Kamilla Corsino

Kamilla Corsino, 32 anos, esposa do Lucas, mãe do Vitor. Graduada em psicologia e em direito, atuando na área administrativa de uma empresa. Jogo Beach Tenis e amo passar o tempo livre com minha família.

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