Como crianças do Reino

Eu tenho passado por uma revisão da minha própria vida, e isso não significa que eu mudei 100% a minha forma de pensar ou que me afastei de Deus, ou qualquer coisa ruim. Acho que é totalmente o contrário, eu estou fazendo uma revisão da minha própria vida porque as coisas estão muito bem, e eu quero que continuem assim, então para isso, é importante revisar.

Esses dias, me peguei pensando em um momento da minha vida que me senti perdida, sem saber o que queria fazer, pra onde ir, quais eram os meus sonhos, porque eu tinha sido escolhida no meio de todos aqueles espermatozóides.

Eu nunca gostei de fazer as coisas por fazer, pra mim, o propósito sempre foi algo muito relevante. Inclusive, viver. Não gosto e não quero apenas viver por viver, quero que a minha vida tenha um motivo, um propósito, um impacto.

Eu fui uma criança de muito impacto (meus pais que o digam) agitada, forte, certa do que eu queria, firme, segura, e muito doidinha. Em algum momento da vida, eu perdi isso. Perdi esse impacto, perdi essa força, essa certeza e todos aqueles sonhos.

Por isso, há um tempo comecei a perguntar pra Deus onde eu estava? Onde eu havia me perdido? Por que eu não me reconhecia mais? Cadê aquela Bruna que eu tanto amava?

A Bruna criança, a Bruninha, aquela pequena garota que sempre pensou como uma grande mulher. E então, me assustei quando eu percebi que duas coisas haviam acontecido:

Primeiro, aquela Bruninha não era tão aceita pura e simplesmente, ela dava trabalho, ela movimentava o grupo, ela fazia barulho e não passava despercebido, ela mudava tudo ao redor dela e nem sempre as pessoas querem mudança. Aquela Bruninha era uma coisinha interessante de se observar.

E em segundo lugar, aquela Bruninha era inocente, se movia no movimento de Deus, voava pra lá e pra cá, era espontânea e permitia que Deus fosse, de fato, o Deus da vida dela, aquela menininha não olhava para os lados, ela só acreditava e vivia e fazia o que ela entendia que tinha que ser feito.

Mas, teve um momento que se tornou difícil para a Bruna mulher continuar sendo a Bruninha, aquela menina inocente e espontânea, e sem ver, eu mesma apaguei o brilho de mim.

Felizmente, os planos de Deus não podem ser frustrados, e em um certo momento, depois de muito orar, de muito me conhecer, de entender um pouco mais do que Ele tem pra mim, eu consegui me reencontrar com essa essência que eu jamais deveria ter perdido.

Como eu te disse, eu estou em um momento de revisão, e nesse período, eu percebi que existem tantas coisas da nossa infância que nós deveríamos manter quando nos tornamos adultos, e aí é quase como se fosse uma “volta para casa”, uma “volta para o centro da vontade de Deus”.

Fato é que a Bruninha já havia entendido seus dois maiores propósitos de vida: ajudar as pessoas a tornarem o potencial delas em uma ação e dar voz às mulheres e empoderá-las através do conhecimento e de uma forma saudável. O problema é que a Bruna mulher, por um tempo, se esqueceu disso.

Mas foi o retorno da Bruna para a criança e para Deus que tornou possível compreender o que eu precisava fazer e ter forças para, de fato, fazer.

Porque eu estou te contando tudo isso? Para te dizer que talvez você esteja se sentindo perdida porque perdeu a dependência de Deus, aquela mesma dependência que tínhamos quando éramos criança. Talvez, você começou a acreditar que os planos que Ele sonhou para você, não fossem para você ou ainda, que você queria outra coisa. Ou ainda, eu e você apenas nos esquecemos de como é sermos crianças do Reino.

Existe uma diferença de sermos crianças do Reino e crianças no Reino. Quem é “do Reino”, é pertencente, quem está “no Reino” é passageiro.

Eu já estive, mas cansei, quero pertencer. E entender isso me fez perceber que eu precisava cumprir o meu propósito no lugar que Deus tinha pra mim, depois disso, meus olhos se fixaram onde sempre deveriam ter ficado, e se tornou mais fácil permitir que a Bruninha que já havia entendido quem era Deus e o que Ele tinha pra ela, voltasse a existir com a maturidade da mulher, sem perder a necessidade de dependência de Deus.

Hoje é dia das crianças e eu espero que a gente volte a depender de Deus como as crianças dependem dos pais.

Feliz Dia das Crianças!

Bruna Thalita

Bruna Thalita

Bruna Thalita tem 27 anos, e tem se descoberto uma mente multipotencial. É advogada, historiadora por formação, empreendedora desde muito nova e escritora por paixão e necessidade.

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