Setembro Amarelo: O corpo mostra sinais

Confira 3 sinais que as unhas mostram para ansiedade, depressão, transtorno alimentar e mais.

Olá, queridas leitoras, que bom estar com vocês mais uma vez.

Aqui, vamos tratar de um tema sensível, mas que pode salvar vidas: O Setembro Amarelo.

Nele, nos empenhamos pela prevenção ao suicídio.

A ligação entre transtornos psiquiátricos e doenças dermatológicas já é algo constatado. Cada um desses transtornos se manifesta na pele de forma diferente como: acne, onicotilomania, acrocianose, úlceras e outros.

Em contrapartida, temos as chamadas escoriações psicogênicas, ou seja, a pessoa provoca em si as lesões, sem apresentar condição dermatológica de base. Essas escoriações ocorrem onde as mãos alçam com facilidade. E esse transtorno acomete principalmente mulheres, independentemente da idade. 

Os casos mais comuns de acarretarem escoriações são: depressão e ansiedade, transtorno de personalidade borderline, transtorno dismórfico corporal, transtorno de uso de substâncias, transtornos alimentares, tricotilomania e cleptomania. 

Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, o ato de escoriar-se é uma resposta ao sentimento de tensão aumentada, somado à tentativa de resistir a esse sentimento.

A externalização na pele impacta a vida social e emocional. As lesões carregam consigo um estigma difícil de lidar. Mesmo que, em sua maioria, elas não apresentem risco direto à vida, afetam a qualidade de vida podendo gerar isolamento social e redução da autoestima.

condições para observar nas unhas:

1 – Onicotilomania

É uma neurose compulsiva. O mais frequente é o ato de tracionar as cutículas para trás.

Isso causa distrofia do corpo da unha e prejudica seu crescimento, que em casos graves pode ser irreversível. Além de poder abrir porta para infecções.

2 – Onicofagia

Roer as unhas!
Isso mesmo, o hábito de roer as unhas e com os dentes mexer nas laterais das unhas costuma ser uma resposta a situações de estresse, ansiedade e tristeza.

Em alguns casos, ocorre sangramento podendo descolar toda a unha.

Aqui, os riscos maiores são de unha encrava e infecção, que pode inclusive acometer o apêndice, pelos pedacinhos de unha e cutícula engolidos.

3 – Unhas encravadas

Mesmo sem tirar de forma compulsiva os cantos das unhas ou roê-las, o corpo pode responder a uma condição psicológica. 

As células envolvidas no crescimento e desenvolvimento das unhas podem reagir, fazendo com que a unha cresça mais fechada, o que acaba por encravá-las. Esse quadro pode gerar muita dor em alguns casos, podendo trazer também inflamações e infecções nas laterais das unhas.

Como uma Podóloga pode ajudar?

Além de conseguirmos auxiliar com tratamentos como: 

▪ Desinfecção e curativos

▪ Ortoniquinia: aplicação de órteses para corrigir a alteração da curvatura das unhas

▪ Cortes técnicos

Além de outras técnicas que podem ajudar nos processos de cicatrização, cura física das mãos e pés e, não menos importante, no cuidado e elevação da autoestima.

Importante dizer que, quem convive com essas situações precisa da ajuda de uma equipe multidisciplinar. 

Daiana compartilha: Meu Setembro Amarelo

Queridas, sei que este assunto é muito sensível. E sinto no coração de compartilhar o que vivi. Então, segue meu testemunho abaixo:

Quando meu filho tinha sete anos, começou a comer as pontas dos dedos (mutilar) a pele. Começou com esse ato, o que parece normal para muitas crianças e adolescentes. 

Em uma das muitas tentativas em entender esse comportamento, perguntei por que ele estava fazendo aquilo. Ele contou que estava sofrendo bullying na escola, onde era machucado por duas crianças.

Resolvida essa situação, ao longo dos anos, fui percebendo um estado profundo de tristeza na vida dele. E observei que as unhas dele começaram a encravar e isso foi um alerta para mim.

Orei e pedi ajuda a Deus, porque não sabia o que estava acontecendo com ele. Ele tentou dois suicídios. E foi muita fé, força e amor para que passássemos por tudo isso. Também, contamos com uma equipe de profissionais que nos ajudou muito.

Hoje ele está muito bem, é um adolescente de 17 anos cheio de vida e sonhos!

Se você tem alguém perto e percebe algum dos sinais pelas unhas, ofereça ajuda.

Uma palavra de acolhimento pode fazer toda diferença na vida de uma pessoa.

Escolha pela vida!

Até breve.

Daiana Figueira

Daiana Figueira

Daiana Figueira é empreendedora, apaixonada por aprender e compartilhar conhecimento. Com mais de 10 anos de experiência, é Fundadora da Clínica de Podologia Avançada em Uberlândia. E aqui na coluna, ela falará sobre temas que interligam saúde, história e bem-estar.

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