Conhecida, historicamente, a advocacia é uma profissão machista, na qual se revela uma atividade extremamente desafiadora, que tem passado por inúmeras transformações, exigindo cada vez mais do profissional a multidisciplinariedade.
A figura da mulher na sociedade passou a ser algo extremamente importante atualmente, onde ela exerce cada vez mais um papel de protagonista, ainda que sofra com as heranças históricas do sistema social patriarcal em seu dia a dia.
As mulheres que ingressam na área jurídica vivem na prática cotidiana os intensos desafios da profissão, sendo este ainda intensificado em razão do gênero. Como forma de combate e provocação de significativas mudanças, as mulheres advogadas se preparam profissionalmente e procuram cada vez mais a efetividade e permanência no mercado de trabalho, para que ocorram mudanças consolidadas no cenário jurídico como um todo, aumentando a cada ano o numero de mulheres inscritas na Ordem dos Advogados do Brasil e por consequência ocupando cada vez mais, importantes cargos de liderança.
E na advocacia não tem sido diferente, mulheres com posturas firmes e que assumem papeis de destaque, são respeitadas e reconhecidas na sociedade, e por outro lado ainda são vistas sob olhares de estranheza e desconfiança, pela visão imposta pela sociedade, de que a mulher é figura frágil e, muitas vezes, incapaz de assumir posições de liderança.
É nítido o progresso feminino na carreira jurídica que já é uma realidade, uma vez que os avanços sociais são constantes, efeito até mesmo da revolução feminina, sendo preciso ter em mente a luta pela equidade para que possamos continuar progredindo e ocupando o espaço que é nosso por direito, estamos quebrando barreiras, superando o preconceito, celebrando desafios e comprovando a nossa capacidade e o vigor da mulher com altivez e coragem.
Na posição de jovens advogadas e mulher advogada, ainda é preciso conciliar as adversidades intrínsecas ao início de carreira com o sentimento de insegurança, sendo necessário evidenciar a frustração quanto à remuneração, sendo um dos principais e mais desoladores desafios, uma vez que, desenvolvemos o mesmo trabalho, com qualidade técnica igual ou superior, mas nossas remunerações ainda são inferiores se comparada ao sexo oposto.
Para que possamos seguir ocupando o nosso espaço, conquistando lideranças e notoriedade em todo o país, é preciso encarar os desafios do dia a dia e vencê-los, demonstrar competência, paixão, determinação e talento, sobretudo fazendo com que as características sejam vistas como qualidades que agregam nossos valores, e continuar a lutar e atuar como agentes de conscientização do protagonismo e empoderamento feminino, sendo necessário que comprovemos através de atitudes, comprometimento, segurança e seriedade que a capacidade profissional não tem gênero ou critério etário.