A psoríase é uma doença que afeta milhões de brasileiros. Saiba sintomas, cuidados e tratamentos.
Olá, queridas leitoras!
A psoríase atinge cerca de 3% da população mundial e no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, atinge aproximadamente cinco milhões de pessoas. Ela também tem condição genética em 30% dos casos. Nos demais, surge como resposta à estresse, fatores psicológicos, exposição ao frio e uso de certos medicamentos.
Psoríase não tem cura, mas tem tratamento. Também já se sabe que não é possível prevenir a doença, mas é possível controlar a reincidência.
Mas afinal, o que é a psoríase?
A psoríase é uma inflamação crônica da pele, não contagiosa. Costuma ser percebida por lesões avermelhadas que descascam nas regiões dos cotovelos, joelhos e couro cabeludo. Podendo também aparecer nas unhas, a chamada psoríase ungueal. Em alguns casos, as unhas apresentam o único sintoma visível da doença.
Psoríase nas unhas:
Nas unhas é possível perceber a psoríase por vários fatores: rachaduras, unhas muitos grossas que se esfarelam, manchas amareladas, furinhos (como se a unha tivesse sido atingida por algo pontudo muitas vezes).
É possível identificar casos em que o único sintoma aparente, a única manifestação da doença veio pelas unhas. É comum que a psoríase seja confundida com fungo e tratada erroneamente. Por isso, é imprescindível a consulta com um bom especialista.
Aqui no consultório recebemos casos de psoríase com frequência e percebemos que as células de queratina das unhas são as mais afetadas, principalmente nas unhas do Hálux (dedão). Além disso, percebemos como sintomas mais comuns nas unhas:
• Pequenas manchas brancas ou escuras residuais após melhora das lesões avermelhadas;
• Pele ressecada e rachada, às vezes, com sangramento;
• Coceira, queimação e dor;
• Unhas grossas, descoladas, amareladas e com alterações da sua forma (sulcos e
depressões);
• Inchaço e rigidez nas articulações. Em casos mais graves, destruição das articulações e
deformidades.
Na pele dos pés, a região plantar é a mais afetada, com calosidades e fissuras geralmente muito sensíveis e com sangramento, podendo comprometer a mecânica (pisada, caminhada) do paciente.
Como tratar a psoríase?
O tratamento base se divide em duas etapas principais: supressão das lesões e manutenção da pele sem lesões. Mesmo chegando na segunda etapa, é importante manter a regularidade das
consultas para pequenos ajustes e não reincidência da doença.
Na maioria dos casos (80%) a doença ocorre em nível leve e moderado, podendo ser controlado com uso de medicação local, hidratação da pele e exposição ao sol.
Para aqueles que não tem tempo de se expor corretamente ao sol, recomendam-se banhos de ultravioleta A e B em clínicas especializadas. Sempre com recomendação médica e este tratamento não é indicado para crianças.
Alguns outros cuidados que podem te ajudar são:
• Evite a ingestão de bebidas alcoólicas;
• Procure não se desgastar emocionalmente. O estresse tem papel importante no
aparecimento das lesões. Como não é uma tarefa fácil, procure ajuda de um profissional se considerar necessário;
• Não fuja de encontros sociais e de lazer por causa das lesões. O constrangimento social é um dos principais fatores de risco da doença. O isolamento e a vergonha podem ter consequências profundas na condição desta doença;
• Visite regularmente o dermatologista e siga à risca suas orientações. Isso o ajudará a controlar as crises.
Quais fatores podem agravar a doença?
Como em quase tudo no ser humanos: estresse, álcool e tabagismo podem pioras bastante as condições para quem tem psoríase. Além disso, uso de medicamentos com corticoides, anti- inflamatórios, alguns psicoativos, tempo frio sem receber luz solar e traumas sobre a pele. Além disso, a psoríase ainda pode acarretar doenças como a hipertensão. Por isso, o cuidado é muito importante.
Hidrate muito bem a pele, para evitar seu ressecamento excessivo que favorece a possibilidade de desenvolver lesões;
Alguns pontos importantes para o cuidado são:
• As cutículas devem ser retiradas o mínimo possível, ou com a técnica de retirada com brocas;
• Corte correto das unhas para ajudar no crescimento;
• Utilização de desbridamento superficial para ajudar nas fissuras;
• Higienize as meias e calçados com Lysoform
• De preferência para meias de algodão (e lembra-se de secar muito bem os pés e entre
os dedos);
• O profissional deve usar luvas para manipular os produtos químicos (como em todo
tratamento)
• Hidratantes emolientes podem ajudar muito;
• Aplicação de ácidos para cauterizar e reconstituir a pele para ela se tornar íntegra
novamente;
• E em alguns casos, a aplicação de Alto Frequência é um potente auxiliar.
Beba bastante água! A psoríase gera um alto ressecamento, por isso, a hidratação é fundamental para o tratamento, assim como o uso de hidratantes específicos para cada caso.
Dicas para ajudar fora do consultório de podologia:
Considere uma equipe multidisciplinar sempre que possível. Contar com dermatologista, nutricionista, psicólogo, endocrinologista e podóloga, pode fazer toda diferença. Lembre-se que não é para sempre. Apesar de não haver cura é possível evitar a reincidência. Por isso, cuide bem se a psoríase lhe acometer, para que você não tenha uma doença com crise recorrente durante a vida.
No mais, o equilíbrio de uma boa saúde mental e física é o melhor caminho para evitarmos condições dolorosas e de risco.
Nos vemos em breve!