Pai, meu primeiro amor… ops, meu primeiro empreendedor

Sim, eu sei que nosso espaço aqui é dedicado a nosso universo feminino, mas, não podemos deixar de homenagear os homens das nossas vidas, eles são parte fundamental daquilo que nos tornamos. Eu espero que você tenha uma boa figura de homem na sua vida, mesmo que talvez não seja seu pai, mas que seja alguém para quem você possa olhar e se inspirar.

Dizem e, no meu caso, eu preciso concordar que o pai é o primeiro amor da vida de uma menina, é o super-herói mais real e mais próximo que temos. O que posso dizer é que, além, do meu primeiro amor, de ser o meu herói, o meu pai também é o meu primeiro empreendedor. 

O primeiro empreendedor da minha vida e sem dúvidas, uma das minhas primeiras inspirações. 

Quero te contar uma história que mudou minha vida. Primeiramente, vale lembrar que tenho estudado muito sobre mentalidade, e acredito muito que nossos pais (e as pessoas ao nosso redor que exercem influência sobre nós, como: professores, tios, avós e outros) nos ajudam a construir a nossa mentalidade e todas as formas que pensamos. Seja isso bom, ou não.

Um dia, quando eu era criança, acho que por volta dos 8 anos, me lembro de estar fazendo uma tarefa chata da escola, daquelas que você só quer sentar, chorar e arrumar uma desculpa para não precisar fazer. Eu estava muito estressada tentando fazer aquela tarefa que me parecia tão chata e cansativa. E eu não lembro de qual matéria era. Mas, lembro que estava chorando copiosamente (para não dizer que estava dando birra) e reclamando que aquela tarefa era difícil demais e que eu não queria fazer.

Nesse dia, eu lembro claramente do meu pai me chamar para conversar e dizer algo mais ou menos assim:

“Filha, eu sei que é difícil e chato ter que fazer essa tarefa, mas, sei que se você se esforçar um pouquinho você vai conseguir fazer e vai ser mais rápido do que chorar e reclamar. Se acalme e tente fazer, você vai conseguir. Eu não tive a chance de estudar, mas se eu tivesse tido essa oportunidade de estudar em uma escola legal e tão boa, eu faria de tudo para dar o meu melhor e ser o melhor aluno.”

Nessa altura, eu já sabia um pouco da história do meu pai e que ele tinha tido uma infância difícil e com poucas oportunidades. Essa fala dele foi capaz de mudar toda a minha relação com a escola, o meu processo de aprendizado e a forma como eu passei a ver todas as oportunidades que eu tinha.

Alguns dias depois, tive uma tarefa nova que era desenvolver um texto para a aula de literatura, quando minha mãe leu, ela ficou surpresa com o texto. Eu tinha dado o meu melhor e foi um dos meus melhores textos (até hj eu acho isso).  

E logo depois, toda vez que eu queria reclamar, eu pensava melhor e lembrava que se meu pai tivesse tido essa oportunidade, ele teria dado o melhor dele. E aí, entendi uma outra coisa sobre mim, que ninguém me contou, mas, meus pais me guiaram nisso, entendi que eu aprendo de um jeito que é um pouco diferente de como as outras pessoas aprendem e eu posso ser gentil comigo no processo de aprender.

Depois, eu comecei a estudar do jeito que eu amo, do meu jeito e descobri que eu amo aprender, eu só não estava fazendo do jeito certo pra mim (e, às vezes, ia precisar me dedicar mais do que eu queria).

Por que estou te contando essa história? Por dois motivos, primeiro porque hoje é dia dos pais e eu queria homenagear o meu pai; e segundo porque quando falamos na nossa forma de ver o mundo, isso acaba incluindo um pouco da forma como as pessoas que nos guiaram na vida veem o mundo. Ou seja, talvez, sua visão limitada das coisas, seja um reflexo da forma que a sua forma de pensar foi construída. Ou, sua forma ampla e ilimitada também pode ser fruto dessas pessoas.

Hoje, eu já consigo enxergar em mim o que veio do meu pai, o que veio da minha mãe e o que eu quero que fique comigo e eu o que eu vou fazer diferente. Mas, perceber isso pode levar tempo e demanda um esforço gigante da nossa parte.

Quem são as pessoas que exercem alguma influência sobre você? Como elas veem o mundo? Como você percebe o mundo e quais são as suas crenças?

Tire um tempo para pensar sobre isso, e se você tiver um pai que te deu bons direcionamentos, aproveite-os, caso contrário, encontre bons modelos que te dê bons exemplos e direcionamentos.

Apesar dessas pessoas exercerem influência sobre nós, quando temos consciência disso, passamos a ser responsáveis pelo que iremos fazer e como iremos conduzir nossa vida. 

Boa sorte e muita sabedoria na sua condução!

Aos pais que talvez possam nos ler, obrigada por tudo e um feliz dia.

Aos filhos, espero que tenham tido bons pais, mas acima de tudo, espero que a gente possa se tornar bons pais também.

Novamente, boa sorte e muito trabalho para nós!

Bruna Thalita

Bruna Thalita

Bruna Thalita tem 27 anos, e tem se descoberto uma mente multipotencial. É advogada, historiadora por formação, empreendedora desde muito nova e escritora por paixão e necessidade.

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