Outubro Rosa: Câncer de mama e amamentação

Já falamos por aqui sobre os inúmeros benefícios da amamentação tanto para a mãe, quanto para o bebê. E nesse mês de outubro, vamos destacar um desses benefícios em particular: a relação entre a amamentação e o desenvolvimento do câncer de mama.

O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo. Ele resulta de uma disfunção celular que se caracteriza pelo crescimento desordenado de células cancerígenas, formando um tumor. No período da amamentação, há uma complexa alteração hormonal que diminui certos hormônios que poderiam favorecer o desenvolvimento desse tipo de câncer na mulher, além da constante renovação celular nas mamas e eliminação de várias células que poderiam ter uma mutação e ser a origem do desenvolvimento do câncer de mama. Estudos apontam que o ato de amamentar também pode diminuir o risco de câncer de mama na pós-menopausa, e que por quanto mais tempo a mãe amamenta, menores são as chances de se desenvolver um tumor no futuro.

Para as mulheres com parente de primeiro grau com câncer, a amamentação é recomendada para evitar o desenvolvimento de células neoplásicas. Além, é claro, de todos os outros benefícios como prevenção de pressão alta, colesterol alto, diabetes e obesidade. Existe relação entre a amamentação e a prevenção de outros tipos de câncer, como o de ovário, que poderia ser reduzido em 30% se as mulheres amamentassem por mais tempo. Há ainda uma menor propensão ao câncer de endométrio. Ou seja, quanto maior a duração da amamentação, menor é a possibilidade de câncer de endométrio e ovário.

Sobre o prognóstico oncológico, a gravidez não atrapalha, desde que o câncer de mama seja adequadamente tratado. Já durante a amamentação, caso a paciente seja diagnosticada, os cuidados devem ser redobrados e acompanhados pelo médico especialista, pois a mulher não poderá amamentar, devido ao tratamento e o risco da medicação passar para o bebê. Pacientes que fizeram mastectomia em uma das mamas e tem a outra sem alteração podem amamentar. Nas mulheres que fizeram a retirada parcial da mama, depende de cirurgia realizada, se os ductos que levam o leite até o mamilo não tiverem sofrido alteração, a amamentação ocorre naturalmente.

Esse é mais um dos inúmeros motivos pelos quais devemos incentivar a amamentação. E vale ressaltar, nesse mês de outubro (rosa), a importância da mamografia, sendo o principal método para o rastreamento da doença. Segundo o Instituto Oncoguia, diagnosticar o câncer precocemente aumenta significantemente as chances de cura, 95% dos casos identificados em estágio inicial têm possibilidade de cura.

Mulheres, vamos nos cuidar e ajudarmos umas às outras com conhecimento. Você não está sozinha nessa luta!

Luisa Chioato

Luisa Chioato

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