Intolerância à lactose: é mais comum do que você imagina! 

A intolerância à lactose é uma patologia em crescimento no âmbito mundial e com certeza você já conheceu alguém que tenha. Aqui, vou te explicar um pouco mais afundo sobre o assunto. 

A pessoa intolerante ao leite possui sintomas gastrointestinais após o consumo de alimentos que contém lactose. A lactose nada mais é que um tipo de açúcar exclusivo do leite! Falando de uma forma mais técnica, é um dissacarídeo composto por galactose e glicose. Para acontecer a absorver da lactose é necessário a hidrólise (quebra) desse dissacarídeo e a responsável por esse processo é a enzima lactase. 

Quando se tem a ausência/deficiência da lactase, têm-se a incapacidade de digerir a lactose, que chamamos de intolerância à lactose. 

Existem 3 tipos de deficiência em lactase (intolerância à lactose): primária, secundária/adquirido e congênita. 

•A mais comum em adultos é a deficiência primária. É quando o indivíduo nasce com as concentrações de lactase normais e vai diminuindo com o passar dos anos (mais velhos) e isso ocorre por causa genética. 

•A deficiência secundária acontece por conta de desordens gastrointestinais que causaram danos a mucosa intestinal, como doenças inflamatórias, gastroenterite… nesse caso é só tratar a doença que está causando a falta de lactase e com isso resolver a intolerância. 

•A congênita é uma deficiência rara. A pessoa já nasce com deficiência da lactase, ou seja, o pai ou a mãe precisam ter intolerância congênita.

Vale deixar claro que intolerância à lactose e alergia a proteína do leite tem diferença. A alergia não é a falta da enzima lactase como na intolerância e sim, uma reação do sistema imune às proteínas do leite de vaca. 

Você deve estar se perguntando… será que tenho essa intolerância? Pra isso, é necessário começar a observar sintomas, tais como: dor abdominal, diarreia, distensão abdominal, flatulência, náusea; após tomar leite ou derivados.

Se sim, o próximo passo é consultar com alguma profissional de saúde (nutricionista/medico) para avaliar as queixas, correlacionar os sintomas e se precisar, investigar através de exames específicos. 

Depois de diagnosticado, a melhor forma de tratar seria a exclusão do consumo de leite, dependendo do grau, pode-se optar por lácteos sem lactose; redução de alimentos FODMAPs (alimentos que fermentam e que podem trazer mais desconforto gastrointestinal) e suplementação de enzimas de lactase também é uma opção (bom evitar com frequência). Vale deixar claro, que se você tem intolerância à lactose e continua consumindo, você está inflamando cada vez mais a mucosa do seu intestino e sabemos que a nossa saúde começa por aí.

Adriana Cruz

Adriana Cruz

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