Homem no volante, perigo constante

O movimento Maio Amarelo nasceu em 2014 e fomenta uma ação coordenada entre o Poder Público, iniciativa privada e sociedade civil para discutir o tema da segurança viária com o objetivo de reduzir os acidentes e mortes no trânsito. Com isso, vamos falar sobre a representação feminina que surge em funções que, até pouco tempo, eram desempenhadas exclusivamente por homens, incluindo as demandas de oficina e até o envolvimento com os esportes automobilísticos.

Não é de agora que lutamos para conquistar o nosso espaço nos mais diversos ambientes, lutando pelos nossos direitos, reconhecimento ou apenas tratamento igualitário, muitas enfrentam desafios e até vivenciam situações de desconforto e constrangimento.

Sabe aquela frase “mulher ao volante, perigo constante”?, famosa por conta do tom de piada, com a suposição em que o público feminino não sabe conduzir veículos como os homens. Mas ao se analisar dados reais, ela está em longe de ser verdade, provando que nós, mulheres, cumprimos mais ações da chamada direção defensiva, o que gera benefícios a todos os envolvidos no trânsito.

O público feminino tende a ser mais cuidadoso e empático ao interagir com outros grupos, de forma em que essa tranquilidade é motivo de reclamação por estar associada à lentidão no trânsito, ou seja, nessas ocasiões, a mulher geralmente está apenas cumprindo a velocidade indicada.

Mudar o foco da estrada para qualquer outra atividade é bastante arriscado, principalmente quando o conduto atinge altas velocidades, de forma que o tempo para responder a um imprevisto diminui, aumentando a chance de um acidente, quando há mulheres ao volante, o número de ocorrências graves nas vias diminui consideravelmente, porque elas agem com menos agressividade nas estradas e não se preocupam em competir com os demais condutores, prevenindo desde de batida leves até acidentes com vítimas fatais.

A pressa e o desejo por emoção são grandes inimigos atrelados ao público masculino, que acabam trazendo consequências irreparáveis a sai mesmos, podendo identificar através de um levantamento de 2020 que 93% dos motoristas que morreram no trânsito eram homens.

No Brasil, as mulheres já representam um terço dos motoristas, e esse número só cresce com a conquista de novas habilitações, mesmo que o interesse por partes dos jovens tenha diminuído. Como são mais cautelosas e não se arriscam tanto na direção, a nova condutora tem grande potencial para construir um trânsito mais seguro e respeitoso.

É claro que as mulheres ocupam cada vez mais cargos em atividades até então dominadas pelos homens, e com o passar dos anos, elas provam que tem a capacidade de exercer diversas funções, seja a manutenção preventiva em mecânicas, seja a condução de equipe de formula 1.

Giulia Cherulli

Giulia Cherulli

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