FIV- A esperança de quem não pode engravidar natural


Hoje irei contar um pouco da minha história referente a vontade de ser mãe, muitos conhecem a Juliana de 33 aos, empresária, que tem um espaço de atendimentos a criança atípicas, que já foi babá por anos, morou na Europa na tentativa de uma vida melhor, a Juliana que já trabalhou de caminhoneira pelo Brasil a fora, que já teve muitos negócios e levou muito prejuízo nessa vida empreendedora, porém, desconhecem a Juliana que tem um maior sonho dentro todos esses acima: O DESEJO DE SER MÃE.


A jornada pela infertilidade Desde criança eu sempre tive o sonho de crescer e ter minha família, filhos e essa vontade começou a ser idealizada aos 17 anos, quando a esperança de ser mãe tomou conta de meu coração após ter me casado. Até esse momento nunca havia menstruado e como a falta de informação a 17 anos atrás era grande, nunca tinha ido atrás para ver os motivos. Nesse momento a maternidade tornou-se um sonho ainda mais grandioso, tão vital que sua não realização parecia capaz de apagar a minha própria vida.


Após inúmeras tentativas frustradas o diagnóstico de Síndrome dos Ovários Policísticos lançou uma sombra sobre a possibilidade de gestação natural. Logo, veio a separação, não por conta disso mas porque naquele momento eu desejava me conhecer, me descobrir como mulher e ter minha independência a qual havia sido roubada de mim e com isso enterrei o sonho de ser mãe e resolvi esquecer de vez este assunto.


Escolhi então trabalhar com crianças, iniciei como babá, o mesmo trabalho que fazia na Europa isso mesmo, e para que? Para ter a chance de poder estar vivenciando uma vida ao lado de crianças, pra mim aquela escolha preencheria o desejo de ser mãe, afinal eu ficava perto dos bebês, cuidando e dando o que havia de melhor e mais importante em mim.


Esse era o único meio de me aproximar daquilo que parecia inalcançável, uma realidade que persistiu por longos 15 anos. No entanto, a vida me conduziu a uma nova trajetória: a pedagogia, uma escola, e um consultório de neuropsicopedagogia. Tornar-me referência no atendimento a crianças singulares e atípicas, com autismo e TDAH, foi a minha forma de superar a desilusão da maternidade e descobri esse amor incondicional por ensinar e transformar a vida de tantas crianças.


Então, um encontro especial aconteceu, me casei novamente com uma pessoa maravilhosa que já é pai, com dois filhos e pouca perspectiva de paternidade novamente. Conhecendo minhas lutas, ele segurou minha mão e prometeu enfrentar qualquer obstáculo, reacendendo a chama que eu havia apagado e aceitado lá atrás.
Ele foi a única pessoa que me fez repensar a vida e buscar a realidade, mesmo que o medo tentasse me deter. Mesmo com dois filhos teve o desejo que ter o nosso, pois como ele mesmo diz a nossa família, nossa construção e sem isso ele não queria continuar. Foi a única pessoa que disse que não termos filhos seria sim um problema, e que iriamos atrás, em busca disso e assim iniciamos todo o processo.


Juntos, buscamos a orientação da melhor médica em Uberlândia para desvendar os mistérios que nos impediam de conceber naturalmente. O tratamento iniciou e, após

quatro meses de tentativas, em junho de 2023, a tão almejada gravidez se concretizou. A promessa de Deus se cumpriu, mostrando-nos que estávamos no caminho certo.


A alegria foi breve, perdendo o bebê com sete semanas, mas a esperança se manteve firme.


Meses se passaram, e, diante das dificuldades enfrentadas por ambos, decidimos recorrer à fertilização pois ele mesmo já sendo pai descobrimos também um problema e a gravidez natural, mesmo tratando poderia demorar muito tempo.


Confesso que foi um período desafiador, repleto de medicamentos e hormônios que me fizeram questionar a própria identidade, por vezes eu não sabia mais quem eu era,. Em meio a tanto nervosismo, mudança de humor, dores e inchaços foram companheiros temporários, mas a alegria e positividade ao esperar em Deus mantiveram-me firme.


A fertilização aconteceu, e a descoberta de embriões trouxe uma felicidade indescritível, reafirmando que a promessa divina estava sendo cumprida. Hoje temos uma quantidade excelente de embriões só esperando o momento certo para vir para a nova morada, minha barriga e sou extremamente grata a Deus primeiramente que colocou e reafirmou a promessa em meu coração, a ciência por poder nos proporcionar a realização desse desejo e principalmente ao meu esposo, se não fosse ele, a vontade dele e parceria para que eu não tivesse medo, nada disso teria acontecido.


O que para muitas mulheres ainda é tabu dizer, ou por medo de julgamentos ou por vergonha, para nós é uma realidade feliz de um sonho realizado. Não tenham medo de serem vocês mesmas, enfrente o medo e não deixe que ele te paralise como fez comigo tanto tempo, use o medo para te impulsionar a realizar coisas grandes e o principal, confie Naquele que te prometeu, Ele nunca falha, Ele sabe o momento certo para todas as coisas embaixo do céu.

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Juliana Moura

Juliana Moura

Olá, me chamo Juliana Moura tenho 32 anos, apaixonada no universo infantil. Sou Neuropsicopedagoga Clinica e Institucional, especialista em alfabetização e inclusão com método neurocientífico, estudiosa em Montessori, método Pikler, disciplina positiva, Neurociências e Educação Parental.

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