A maternidade é uma experiência singular e transformadora na vida de uma mulher. No entanto, ao longo da história, a sociedade impõe às mulheres um fardo adicional quando elas decidem ser mães e continuar suas carreiras profissionais. A culpa, que parece inerente à maternidade, ganha uma dimensão ainda mais profunda quando se trata da mulher trabalhadora.
Desde tempos remotos, as mulheres têm sido responsabilizadas pelo cuidado dos filhos e do lar. Essa expectativa social moldou uma noção arraigada de que a mulher deve abrir mão de sua carreira em prol da família, como se a casa e os filhos fossem sua preocupação principal e inerente à toda mulher. Mesmo com as conquistas e avanços das últimas décadas, essa pressão persiste, e a mulher trabalhadora enfrenta um dilema: conciliar os papéis de mãe e profissional.
A maternidade traz consigo uma série de emoções e responsabilidades que muitas vezes se chocam com as demandas do mundo corporativo. A necessidade de dedicar tempo e atenção aos filhos pode ser interpretada como um sinal de negligência para com o trabalho, levando ao sentimento de culpa. Além disso, as mulheres empreendedoras frequentemente enfrentam desafios adicionais, como a falta de licença maternidade remunerada ou a ausência de políticas flexíveis de trabalho.
Historicamente, a sociedade sempre cobrou das mulheres um papel de cuidadora e responsável pelo lar. Essa expectativa muitas vezes se reflete no ambiente de trabalho, onde as mulheres são desencorajadas a ter filhos ou a reduzir sua jornada de trabalho para poder se dedicar à família. Essa pressão social acaba gerando uma culpa constante nas mulheres trabalhadoras que precisam equilibrar a carreira e a maternidade.
A cultura corporativa também desempenha um papel importante na perpetuação dessa culpa histórica. Muitas organizações não oferecem um ambiente propício para que as mulheres possam conciliar a maternidade e o trabalho de maneira equilibrada. A falta de creches no local de trabalho, a ausência de políticas de flexibilidade de horários e a discriminação velada são apenas alguns exemplos das barreiras enfrentadas pelas mães empreendedoras.
Apesar desses desafios, muitas mulheres têm encontrado no empreendedorismo uma forma de conciliar a carreira e a maternidade. A possibilidade de criar um negócio próprio e ter flexibilidade de horários é vista como uma alternativa ao modelo tradicional de trabalho, que muitas vezes não oferece essa liberdade. Além disso, muitas empreendedoras têm se destacado por criar empresas com uma visão mais inclusiva e com preocupações sociais, o que pode contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.
No entanto, é importante ressaltar que a culpa não deve ser atribuída à mulher, mas sim às estruturas e normas sociais que foram estabelecidas ao longo do tempo. É fundamental que a sociedade e as organizações reconheçam e valorizem o papel da mulher no mercado de trabalho, assim como sua capacidade de ser mãe. Com o desenvolvimento de políticas inclusivas, as mulheres podem criar negócios bem-sucedidos e contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.
Vale ressaltar que você, mãe que não pode ou não deseja abrir mão da sua carreira para se dedicar 100% aos filhos e a casa, não está fazendo nada de errado, não é uma mãe ruim, não é uma mulher com menos valor, e não deveria se sentir assim. A maternidade já carrega diversas culpas, não tenha mais uma nos seus braços. Você é incrível e seus filhos se inspiram em você!