O porteiro, o homem do campo e a lei

 O homem do campo chega ao porteiro para entrar na lei, mas o porteiro nega e diz que “ele não pode permitir sua entrada naquele momento”. Não obstante, o porteiro nunca revela ao homem do campo o momento de entrar na lei. A fim de olhar para o interior de onde se encontrava a lei, o homem do campo se acocora. O porteiro ri e adverte “eu sou apenas o mais baixo entre os porteiros. A cada nova sala há novos porteiros, um mais poderoso que o outro”. Não havendo o que fazer, o homem do campo esperou o momento adequado de entrar na lei, “e lá ele fica sentado durante dias e anos”. Já no seu leito de morte o homem do campo pergunta: “Como pode em todos esses anos ninguém a não ser eu pedir para entrar?” Então o porteiro revela: “Aqui não poderia ser permitida a entrada de mais ninguém, pois essa entrada foi destinada apenas a ti. Agora eu vou embora e tranco-a”. (Kafka. 2016, 246 – 247).

 Se a porta estava aberta, mas apesar disso a lei permanecia inacessível com o porteiro obstruindo a porta, devemos considerar que a questão é que o homem do campo para ter acesso à lei deveria ter decifrado antes a própria lei e seus enigmas?

Pode-se dizer que a inlegibilidade da lei se transforma no não acesso da própria lei. Essa falta de clareza acaba esgotando a possibilidade do “homem comum” de caminhar diante da lei.

As leis foram criadas para os homens e seu convívio em sociedade, portando se deve sempre tentar ao máximo compreender e decifrar as normas para que efetivamente sejam aplicadas aos homens “do campo” pois foram criadas para eles.

Essa incompreensibilidade, abordada por Kafta é uma importante reflexão para que na própria atualidade nos busquemos clarear as verdades impostas ao homem do campo, evoluídos para nós “homens e mulheres comuns”, personificados em milhares e milhares de regras e normas.

Para este novo ano, mais clareza e principalmente, equidade e acessibilidade.

Na referida parábola existem três personagens importantes: o homem do campo, o porteiro e a lei. Diante da lei trata-se de um diálogo entre Josef K e um sacerdote da catedral. Em suma, a parábola é a seguinte:

 O homem do campo chega ao porteiro para entrar na lei, mas o porteiro nega e diz que “ele não pode permitir sua entrada naquele momento”. Não obstante, o porteiro nunca revela ao homem do campo o momento de entrar na lei. A fim de olhar para o interior de onde se encontrava a lei, o homem do campo se acocora. O porteiro ri e adverte “eu sou apenas o mais baixo entre os porteiros. A cada nova sala há novos porteiros, um mais poderoso que o outro”. Não havendo o que fazer, o homem do campo esperou o momento adequado de entrar na lei, “e lá ele fica sentado durante dias e anos”. Já no seu leito de morte o homem do campo pergunta: “Como pode em todos esses anos ninguém a não ser eu pedir para entrar?” Então o porteiro revela: “Aqui não poderia ser permitida a entrada de mais ninguém, pois essa entrada foi destinada apenas a ti. Agora eu vou embora e tranco-a”. (Kafka. 2016, 246 – 247).

Se a porta estava aberta, mas apesar disso a lei permanecia inacessível com o porteiro obstruindo a porta, devemos considerar que a questão é que o homem do campo para ter acesso à lei deveria ter decifrado antes a própria lei e seus enigmas?

Pode-se dizer que a inlegibilidade da lei se transforma no não acesso da própria lei. Essa falta de clareza acaba esgotando a possibilidade do “homem comum” de caminhar diante da lei.

As leis foram criadas para os homens e seu convívio em sociedade, portando se deve sempre tentar ao máximo compreender e decifrar as normas para que efetivamente sejam aplicadas aos homens “do campo” pois foram criadas para eles.

  Essa incompreensibilidade, abordada por Kafta é uma importante reflexão para que na própria atualidade nos busquemos clarear as verdades impostas ao homem do campo, evoluídos para nós “homens e mulheres comuns”, personificados em milhares e milhares de regras e normas.

  Para este novo ano, mais clareza e principalmente, equidade e acessibilidade.

Giulia Cherulli

Giulia Cherulli

Posts Relacionados

A importância do afeto na infância

A primeira infância é uma fase de extrema importância no aspecto da personalidade dos nossos filhos. Crianças desprovidas de afeto

Regulação Emocional

Todos nós desejamos alcançar o equilíbrio nas diversas áreas da nossa vida. Desejamos ter equilíbrio financeiro, familiar, profissional, nos relacionamentos

Uma nova vida com Jesus

Se você já acompanha os meus textos, você sabe que eu adoro essa época do ano. Eu acredito fielmente que

História da Podologia e a Sua Evolução

Olá pessoas lindas! Como estou feliz por compartilhar conhecimento com vocês,contando mais sobre essa profissão maravilhosa. Então vamos lá, veremos

Ele não esquece

Você não está pulando de alegria, nem chorando como uma criança, está apenas extasiada. Há muito para dizer, mas as

MATERNIDADE E OUTUBRO ROSA

Outubro Rosa e maternidade se entrelaçam de maneiras profundas, especialmente no que diz respeito à conscientização e apoio às mães

Todo mundo influencia, mas como?

Vivemos em uma era onde cada um de nós é um potencial influenciador. Com as redes sociais, nossas opiniões, gostos