A verdade é que todos estão influenciando o tempo todo, consciente ou inconscientemente. A questão que fica é: você está usando sua influência com intencionalidade ou tem deixado esse cargo designado aos ventos do acaso?
Eu sou a Bruna Ohanna, tenho 27 anos e moro em Uberlândia. Dentre outros tantos rótulos, me apresento como influenciadora digital. Ou influencer. Ou blogueira sem blog. Ou aquela moça do Instagram. Você já parou para pensar sobre como as pessoas se referem a você? Sobre como elas te descrevem ou quais são os nomes que elas dão às atividades profissionais que você desempenha? Como você é conhecido? E como você gostaria de ser reconhecido?
Parei para pensar sobre isso há algum tempo e concluí que isso vai depender da maneira como cada um se coloca, não somente como a pessoa se apresenta, mas como os outros a reconhecem a partir do que ela compartilha ao longo de seus dias.
E como eu me apresento? Profissionalmente como Bruna Ohanna, ex-comissária de voo, mentora de futuros comissários, influenciadora, empreendedora, professora e marketeira digital. Um breve resumo de uma descrição complexa que eu não ousaria fazer.
O engraçado é que sempre que vou preencher minha profissão em formulários que pedem essa informação, nunca coloco a mesma ocupação. Dependendo do meu “mood” do dia eu informo profissões diferentes. Nenhuma em que eu não atue de fato, mas realmente em alguns dias eu me sinto mais encaixada em uma ou outra profissão dentre as que citei acima, dependendo das tarefas desempenhadas ou da minha “to do list”.
Dia de resolver muitas burocracias? Empreendedora. Dia de responder meus alunos dos cursos de inglês para comissários, ou de excelência no atendimento, ou de gerenciamento de comportamentos inconvenientes e indisciplinados, ou ainda dúvidas sobre o meu curso de como ser chamado para processos seletivos? Professora. Dia de idealizar, planejar, gravar, editar e postar “publis”? Influenciadora. Dia de planejar os próximos lançamentos e estratégias a serem utilizadas para abertura de vagas dos meus cursos? Marketeira Digital. Dia de sessão com meus mentorandos? Mentora.
A partir de agora tenho a liberdade optar por preencher os formulários com uma nova atividade. Dia de escrever um artigo para a coluna “Influencer” da revista? Colunista. Nada como a liberdade de escolher diariamente o que sou. E muitas vezes preciso desempenhar em um mesmo dia todos esses papéis, nesse dia escolho preencher com a primeira função que me vem à mente. E de verdade? Eu gosto.
Acontece que tem algo em comum dentro de todas as minhas versões. Em cada uma delas, de diferentes formas, exerço o papel da influenciadora. Estou sempre influenciando, até quando não percebo. A partir disso me coloco em um lugar de buscar ser intencional em tudo o que eu faço, sabendo para que rumo quero levar as pessoas que me tem como alguma referência, em menor ou maior grau.
Hoje conto com mais de 95 mil seguidores no Instagram, mas não é isso que faz de mim uma influenciadora. O que me torna uma influencer é o quanto as pessoas confiam em mim, o quanto dão crédito ao que eu digo, mostro, indico e ensino. Olhando por esse ponto, todas nós somos influenciadoras, inclusive você, que talvez tenha até um “rançozinho” velado por blogueiras.
A questão é que as influenciadoras digitais profissionais acharam um meio monetizar através de algo que todos já fazem, mesmo sem saber que estão fazendo. Elas se colocaram presentes e disponíveis para trabalhar em um local onde a maioria está gastando seu tempo de lazer.
Talvez você não se enxergue influenciando. Talvez você esteja influenciando mais do que imagina e nem tenha se dado conta disso. Muito provavelmente você também é influenciada diariamente. A influência está presente desde sempre, e quando aprendemos a usá-la com intenção, a “magia” acontece.
E dessa “magia” essa coluna decolou. É um prazer fazer parte da tripulação da revista e é melhor ainda ter você a bordo.
Aguardo ansiosamente pelos próximos voos nessa nova coluna.
Ass.: Bruna Ohanna, Colunista