Disclaimer necessário

Agora que já fui apresentada a vocês e já indiquei o objetivo principal dessa coluna, preciso trazer aqui um disclaimer necessário para essa primeira edição. Mas, Juliana, o que é isso?


No mundo jurídico é muito comum utilizarmos essa palavra – “disclaimer” – para nos referirmos a algum aviso legal. E aqui já demonstro a linha condutora que norteará os nossos trabalhos: a desmistificação através do conhecimento (que nada mais é do que o aprendizado das informações).
Portanto, falaremos sobre política – e sobre seus reflexos legais – da forma mais descontraída e didática possível. Por isso, se algum ponto ficar nebuloso: não hesite em reclamar!


Ok, compreendido, mas por qual motivo essa primeira coluna vai nos trazer um aviso? Por uma simples questão: quando as expectativas estão alinhadas não há frustração, e eu espero que a experiência das nossas leituras seja tão prazerosa quanto o assunto é polêmico!


Assim, o disclaimer que eu quero trazer para vocês é simples: esse será o nosso espaço da defesa da liberdade. Mais especificamente, daquela relacionada ao aspecto intelectual político. Todos os assuntos serão tratados de forma técnica e imparcial, mas sempre buscando defender a liberdade – inclusive quando divergirmos de opinião.


Somos e permanecemos coerentes quando defendemos ideias, pois somente as ideias iluminam a escuridão (parafraseando Mises) e não quando defendemos pessoas, que nos levam à ilusão do crepúsculo dos ídolos (parafraseando Nietsche). Defender um indivíduo leva à relativização, cedo ou tarde, das suas ações. Por outro lado, defender ideias, permite críticas de quem quer que as viole.


E esse será o nosso posicionamento e é assim que trataremos todos os temas dessa coluna. Com pitadas de humor, poesia – e por que não, filosofia? – as quais me escusarei da explicação utilizando a licença poética para tanto (sem sofrer a pena da falta de informação).


Simon Sinek, escritor considerado especialista em desenvolvimento de lideranças, criou o conceito de “círculo dourado”, no qual explica, basicamente, que quem tem um “porquê” enfrenta qualquer “como”. Trazendo para a nossa interação: a liberdade é o nosso “porquê” e a busca pelo conhecimento é o nosso “como”.


Essa coluna será uma ferramenta de desenvolvimento do como para chegar ao porquê. Parece loucura querer ser agente de informação e influenciar positivamente a sociedade nos dias de hoje, né?! Mas, lembrem-se: “a loucura é diagnosticada pelos sãos que não se submetem a diagnóstico” (Carlos Drummond de Andrade).


Quer loucura maior do que permanecer na inércia? Ainda, aproveitando os embalos festivos dessa edição carnavalesca, menciono Clarice Lispector: “carnaval era meu, no entanto, na realidade, eu dele pouco participava”. Quer loucura maior do que não participar da sua própria realidade?
Um beijo cheio de liberdade e até a próxima!

Juliana Markendorf

Juliana Markendorf

Juliana Markendorf Noda. Advogada e Professora. Mestre em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Pós-graduada em Sociologia Política pela Universidade Federal do Paraná. Membro da Comissão de Direito Eleitoral da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraná. Membro da Comissão de Direito Digital e Proteção de Dados da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção Paraná. Membro da Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político. Presidente do Instituto de Formação de Líderes de Curitiba.

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