Jogos Digitais na Educação: Potenciais e Desafios para Alunos com TDAH

O uso de jogos digitais na educação tem crescido significativamente, sendo muitas vezes utilizado como ferramenta pedagógica para engajar e motivar os alunos. No entanto, há preocupações sobre o impacto desses jogos, especialmente no que diz respeito ao Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Vamos explorar os prós e contras dos jogos digitais na educação, com um foco particular em como eles podem afetar indivíduos com TDAH.


Os jogos digitais podem proporcionar diversos benefícios para crianças com TDAH. Eles são capazes de estimular habilidades cognitivas, como memória, atenção e resolução de problemas. Alguns estudos sugerem que jogos bem projetados podem ajudar crianças com TDAH a desenvolver melhor a concentração e a disciplina. Além disso, crianças com TDAH frequentemente se sentem mais motivadas e engajadas ao usar jogos digitais, devido ao feedback imediato e recompensas que esses jogos oferecem. Outra vantagem é que os jogos digitais podem ser adaptados às necessidades individuais, permitindo que crianças com TDAH aprendam no seu próprio ritmo e estilo.


No entanto, há também aspectos negativos a serem considerados. Jogos digitais podem ser altamente estimulantes, o que pode exacerbar os sintomas de TDAH em algumas crianças, levando a maior distração e impulsividade. O uso excessivo de jogos digitais pode levar à dependência, interferindo no tempo de estudo, sono e outras atividades essenciais. Além disso, crianças com TDAH podem ter dificuldade em fazer a transição de atividades altamente estimulantes, como jogos digitais, para atividades menos estimulantes, como tarefas escolares tradicionais.


Os jogos digitais, de forma geral, têm seus prós e contras na educação. Eles podem tornar a aprendizagem mais divertida e envolvente, aumentando a motivação dos alunos para participar e aprender. A natureza interativa dos jogos oferece feedback imediato, ajudando os alunos a entender rapidamente o que estão fazendo certo ou errado. Muitos jogos são projetados para desenvolver habilidades específicas, como resolução de problemas, pensamento crítico e coordenação motora. Além disso, jogos digitais podem ser usados para criar ambientes de aprendizagem inclusivos, onde alunos com diferentes habilidades e estilos de aprendizagem podem prosperar.


Por outro lado, jogos podem distrair os alunos do conteúdo educativo se não forem bem integrados ao currículo ou se os alunos não tiverem uma supervisão adequada. A superestimulação de jogos digitais pode levar a problemas de concentração e foco, especialmente para alunos com TDAH. Nem todos os alunos têm acesso igual a dispositivos e tecnologias, o que pode criar desigualdades na aprendizagem. O uso excessivo de jogos digitais pode levar à dependência, impactando negativamente outras áreas da vida dos alunos.


Para maximizar os benefícios e minimizar os riscos, é importante ter cuidados no uso de jogos digitais na educação. Jogos digitais devem ser cuidadosamente integrados ao currículo, garantindo que complementem e reforcem os objetivos educativos. Professores e pais devem supervisionar o uso de jogos digitais, estabelecendo limites de tempo e monitorando o conteúdo para garantir que seja apropriado e educativo. Escolher jogos que sejam educativos e que promovam habilidades relevantes pode maximizar os benefícios e minimizar os riscos. Complementar o uso de jogos digitais com atividades que promovam habilidades sociais e interações face a face é igualmente importante.


Os jogos digitais podem ser uma ferramenta poderosa na educação, oferecendo inúmeros benefícios, especialmente para alunos com TDAH. No entanto, é crucial equilibrar esses benefícios com os potenciais riscos, garantindo que o uso de jogos digitais seja bem planejado, supervisionado e complementado com outras formas de aprendizagem. Dessa forma, podemos aproveitar ao máximo o potencial dos jogos digitais para enriquecer a educação, ao mesmo tempo em que protegemos o bem-estar dos alunos.

Larissa Francine

Larissa Francine

Doutoranda na área de Letras pela UFU, mestra em Tecnologias Educacionais pela UFSM, e apaixonada por empoderar mulheres através da leitura e da escrita. Licenciada em letras com ênfase em Português, Inglês e Francês, além de graduações em Pedagogia e Educação Especial. Especialista em Gestão Escolar, Neuropsicopedagogia e Design de Aulas Virtuais. Atualmente, leciono Inglês, enquanto também atuo como Neuropsicopedagoga Clínica. Let's empower!

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