Um aquece a alma e outro o corpo. Um é servido à mesa. O outro é sentido por quem crê. Um é físico e o outro… também.
Sempre acreditei que muitas coisas podem ser resolvidas com um bom bolo – de preferência de cenoura – um café e uma conversa. Sentar a mesa é quase um momento terapêutico em minha casa: é o tempo em que falo do meu dia, escuto sobre os outros e/ou tenho reflexões para lá de importantes/mirabolantes.
Cedinho, o café acompanha a leveza de um devocional cheio do Espírito Santo. Pela tarde é o aroma que inunda toda a casa e o momento de jogar conversa fora ou apenas curtir a solitude. Mas sentar à mesa com sua família e amigos é a hora mais importante do dia.
Foi a mesa que a multiplicação dos cinco pães e dois peixinhos aconteceu e foi ali que a simplicidade dos ensinamentos de Jesus, se amplificaram. Foi a mesa que Jesus lavou os pés de seus amados discípulos. Todas as principais revelações, da morte na cruz à ressurreição, foram reveladas ao redor de uma mesa. Os milagres distintos eram durante as refeições. Cristo ressurreto me ensina a dividir o pão e o tempo com aqueles que amo.
Jesus me ensina que estando a serviço dos outros, estou servindo a Ele mesmo. É no servir, sentar e conversar que consigo exercer o amor de Cristo para com outras pessoas. A fé e o café são os bens mais preciosos que consigo oferecer aos meus amigos nos momentos de aflição: um respiro em meio ao caos, uma esperança em meio a escuridão. É que nem só palavras podem acalentar um coração, sabe?
Sentar próximo a fonte de água viva, apreciar sua presença e, sem dizer uma única palavra, perceber que o fôlego da vida se acende outra vez. Pode ser simples e não chamar atenção, sem holofotes ou postagens: servir é um ato de amor que poucos sabem que podem realizar, e menos ainda que podem receber. Jesus serviu a nós em uma cruz e por nós se entregou. O maior ato de amor que pode existir, já existiu.