Nos últimos anos, o Burger King tem se destacado no mercado com campanhas de marketing ousadas, criativas e, muitas vezes, provocativas. A recente ação no Brasil, que ofereceu o novo BK Taste 1.0 gratuitamente para advogados durante três dias, é um exemplo claro de como a marca usa estratégias de marketing de guerrilha para gerar buzz e engajamento.
A ideia foi simples, mas genial: ao conectar o lançamento do BK Taste com uma categoria profissional específica — advogados —, o Burger King conseguiu atrair atenção e criar uma conversa em torno do produto. A participação do humorista Igor Guimarães como “Advogado Paloma” deu um toque cômico e acessível à campanha, reforçando o tom descontraído que a marca costuma adotar.
Mas por que estratégias como essa funcionam tão bem? E quais os riscos que elas envolvem?
Por que essas estratégias funcionam:
1) Criação de experiência e exclusividade
Oferecer algo exclusivo para um grupo específico — neste caso, advogados — desperta curiosidade e cria uma sensação de privilégio para o público-alvo. Mesmo quem não fazia parte do grupo falou sobre a campanha, o que amplifica seu alcance.
2) Humor e proximidade com o público
A comunicação leve e bem-humorada é um dos pilares do Burger King. Isso cria identificação e reforça a imagem da marca como jovem, irreverente e acessível.
3) Aproveitamento de controvérsias
A comparação do BK Taste 1.0 com sanduíches de concorrentes gerou debates nas redes sociais, colocando o Burger King no centro das atenções. Estratégias provocativas, como “cutucar” a concorrência, são comuns em marcas como Burger King e McDonald’s, gerando marketing orgânico e espontâneo.
4) Custo-benefício de grande impacto
Campanhas de guerrilha muitas vezes têm baixo custo em comparação com mídias tradicionais, mas geram um impacto significativo devido à sua criatividade e ao potencial de viralização.
Os riscos de um marketing ousado:
1) Possível Rejeição
Ao segmentar um grupo específico, existe o risco de exclusão ou críticas de outros públicos. No caso da campanha para advogados, por exemplo, parte do público pode ter achado injusto ou elitista.
2) Erros de execução
Se a logística da campanha não for bem planejada, como a disponibilidade limitada de produtos, pode gerar frustração entre os consumidores. Isso pode prejudicar a imagem da marca, mesmo que a ideia inicial seja positiva.
3) Dependência de polêmicas
A constante provocação de concorrentes pode saturar o público e tornar a estratégia repetitiva ou previsível.
O Burger King e outras marcas como o McDonald’s continuam mostrando que pensar fora da caixa é essencial para se destacar em um mercado saturado. Campanhas ousadas, quando bem executadas, geram engajamento, promovem produtos e fortalecem o posicionamento da marca. No entanto, é preciso equilíbrio: a ousadia deve ser acompanhada por um planejamento impecável para que os riscos não se tornem prejuízos.
Para o consumidor, resta acompanhar essas “batalhas” de marketing com bom humor e, quem sabe, aproveitar um lanche gratuito no meio do caminho!
E na sua marca, como anda seu marketing?