Xixi na cama, nunca mais!

Enurese noturna é um distúrbio que se caracteriza pela perda involuntária de urina
durante o sono.


Essa condição, conhecida popularmente como “xixi na cama”, acomete cerca de 15%
das crianças por volta dos cinco anos; 7%, aos dez e 3% aos 12 anos. A incidência
maior nos meninos do que nas meninas.


Muitos pais sofrem na hora do desfralde, muitas dúvidas surgem e com ela muita
insegurança também.


Mas afinal, até que idade é normal o xixi na cama? Existe alguma técnica que
possamos usar para melhorar esse processo?


Vem comigo que vou esclarecer essas e outras dúvidas sobre esse assunto, além de
dar dicas sobre como ajudar seu filho passar da melhor maneira por esse processo.
A enurese noturna é totalmente normal em crianças de até 5 anos. Passando dessa
idade, deve começar a ser investigada as possíveis causas da criança ainda fazer xixi
na cama.


Em 80% dos casos, a enurese é hereditária. Provavelmente o pai ou a mãe da criança
também fez xixi até mais velho, lembrando também que pode ser causado por fatores
emocionais, onde a criança faz mais xixi quando passa por algum tipo de desconforto e
30% das crianças com enurese tem TDAH e estima-se que 10% das crianças com
TDAH tem enurese.


A enurese noturna nas crianças pode ser classificada em:


● Enurese noturna primária – quando a criança com cinco anos ou mais nunca
apresentou um período prolongado de controle da urina durante o sono;
● Enurese noturna secundária – quando, sem causa aparente, a criança volta a
fazer xixi na cama depois de ter passado seis meses, no mínimo, sem molhar a
cama. Neste caso, parece estar associada a acontecimentos sociais e familiares
estressantes.


Para ajudar nesse processo, podemos utilizar algumas técnicas que são muito eficazes,
lembrando que a opção de tomar remédios deve ficar em último caso, visto que,
remédios podem ajudar, porém quando interromper o uso do medicamento a criança
pode voltar a fazer xixi na cama, o melhor é utilizar “exercícios” práticos que são na
maioria dos casos mais eficaz que os próprios remédios.


Primeiro passo é deixa a criança confortável com a situação, conte a ela se o pai ou a
mãe fez também até mais tarde xixi na cama, sendo assim, ela percebe que ela não é
a única a fazer.


Perceba a quantidade de água que essa criança ingere e lembrar que ela precisa ir pelo
menos 7x ao banheiro por dia e é muito importante ensiná-la a passar mais tempo no
vaso sanitário, muitas vezes as crianças interrompe esse momento por ansiedade de
voltar a fazer algo, como ver tv ou jogar.


No meio da noite, se a criança acorda molhada, o correto é que troquem os lençóis
juntos, trabalhando sempre em conjunto.


Ofereça premiações, lembrando que não precisa ser um brinquedo mais caro ou algo
valioso, veja o que seu filho gosta de fazer e dê um tempo extra a ele, como por
exemplo: 30 minuto jogando vídeo game, vc prolonga por mais 10 minutos, esses
pequenos estímulos ajudam o cérebro ir em busca da recompensa e fazer por onde ter
a recompensa.


A opção de um calendário também é uma ótima opção para estimular essa criança, pois
ela irá visualizar e marcar os dias que não fez xixi na cama, com isso irá fortalecendo
com o tempo esse objetivo.


Hoje em dia existe um aparelho que é vendido na internet que possui um alarme com
sensor de molhado, assim que a criança começa a soltar a urina, o sensor dispara, a
criança acorda, é automaticamente corta o xixi, com o tempo ela vai aprendendo a
segurar e controlar essa ação involuntária.


A enurese noturna nada mais é que um déficit inibitório para acordar e segurar o xixi, ou
seja, esse déficit é o freio do cérebro, por isso utilizar as técnicas acaba sendo mais
eficaz que os remédios, porque assim, a criança está treinando seu controle e não
inibindo pelas por substâncias dos remédios

Juliana Moura

Juliana Moura

Olá, me chamo Juliana Moura tenho 32 anos, apaixonada no universo infantil. Sou Neuropsicopedagoga Clinica e Institucional, especialista em alfabetização e inclusão com método neurocientífico, estudiosa em Montessori, método Pikler, disciplina positiva, Neurociências e Educação Parental.

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