Olá, pessoas lindas! Como estou feliz de estar aqui novamente. Nessa edição, vamos falar sobre os cuidados com pés diabéticos, um assunto tão sério e delicado.
O que é Diabetes?
Diabetes Mellitus é uma condição caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia). Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta.
A função principal da insulina é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. Sendo assim, a sua falta ou defeito na sua ação resulta em um acúmulo de glicose no sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Classificações do Diabetes
Sabemos hoje que diversos fatores que podem levar ao diabetes, porém a grande maioria dos casos se divide em dois grupos: Diabetes Tipo 1 e Diabetes Tipo 2.
Diabetes Tipo 1 (DM 1) – Resulta da destruição das células beta pancreáticas por um processo imunológico, ou seja, pela formação de anticorpos do próprio organismo contra as células beta, levando a deficiência de insulina.
Esse Tipo pode ser detectado com exames de sangue. O quadro clínico mais característico é de um início relativamente rápido (alguns dias até poucos meses) de sintomas como: sede, diurese e fome excessivas, emagrecimento repentino, cansaço e fraqueza.
Se o tratamento não for realizado rapidamente, os sintomas podem evoluir para desidratação severa, sonolência, vômitos, dificuldades respiratórias e coma. Esse quadro mais grave é conhecido como Cetoacidose Diabética e necessita de internação para tratamento.
Diabetes Tipo 2 (DM 2) – Aqui, temos a maioria dos casos (aproximadamente 90%). Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, porém, sua ação está dificultada, caracterizando um quadro de resistência insulínica.
Isso vai levar a um aumento da produção de insulina para tentar manter a glicose em níveis normais. Quando isso não é mais possível, surge o diabetes. A instalação do quadro é mais lenta e os sintomas – sede, aumento da diurese, dores nas pernas, alterações visuais e outros – podem demorar vários anos para se apresentarem. Se não reconhecido e tratado a tempo, também pode evoluir para um quadro grave de desidratação e coma.
Ao contrário do Diabetes Tipo 1, há geralmente associação com aumento de peso e obesidade, acometendo principalmente adultos a partir dos 50 anos. Contudo, observa-se cada vez mais o desenvolvimento do quadro em adultos jovens e até crianças. Isso acontece, principalmente, pelo aumento do consumo de gorduras e carboidratos aliados à falta de atividade física.
Assim, o endocrinologista tem, mais do que qualquer outro especialista, a chance de diagnosticar o diabetes em sua fase inicial, haja visto a grande quantidade de pacientes que procuram este profissional por problemas de obesidade.
Outros Tipos de Diabetes – Esses são bem mais raros e incluem defeitos genéticos da função da célula beta (MODY 1, 2 e 3) ou na ação da insulina, doenças do pâncreas (pancreatite, tumores pancreáticos, hemocromatose), outras doenças endócrinas (Síndrome de Cushing, hipertireoidismo, acromegalia) e o uso de certos medicamentos.
Diabetes Gestacional – As mulheres diagnosticadas durante a gravidez, devem ter atenção especial. O diabetes pode ser transitório ou não, sendo necessário que ao término da gravidez o caso seja investigado e acompanhado.
Na maioria das vezes ele é detectado no 3º trimestre da gravidez, com teste de sobrecarga de glicose. Entretanto, as gestantes com história prévia de diabetes gestacional, de perdas fetais, más formações fetais, hipertensão arterial, obesidade ou história familiar de diabetes não devem esperar o 3º trimestre para serem testadas, já que sua chance de desenvolverem a doença é maior.
Como a Podologia pode ajudar pessoas com Diabetes?
Em geral, os pacientes com diabetes chegam com os pés já extremamente ressecados, pele fina, ou seja, fáceis de causar cortes, difícil cicatrização, neuropatia (falta de sensibilidade na região), fungos nas unhas, tinea pedis (fungo entre os dedos e muitas vezes já com úlceras abertas).
No primeiro contato, conduzo uma conversa sobre saúde e prevenção tanto das patologias citadas acima, como para melhorar os possíveis danos causados pelo diabetes.
Assim, o paciente entende como deve cuidar dos pés, aprendendo a devolver a sua hidratação. Da mesma forma, alguns cuidados são importantes, como:
- A retirada de cutícula deve ser cuidadosa e não profunda
- A região entre os dedos deve estar sempre bem seca
- Meias e sapatos bem higienizados
- Evitar andar descalço, isso pode ajudar a causar as famosas “rachaduras”
- Usar sapatos que não causem bolhas, dando preferência para o uso de meias de algodão
- Praticar exercícios físicos
- Beber bastante água (média de 2,5L por dia)
- Usar repelente (uma pequena picada de mosquito pode ser uma grande dor de cabeça para um diabético)
Além disso, é importante contar com um profissional qualificado e especializado nos cuidados com o diabetes. A podologia é uma grande aliada, já que o tratamento dos pés é feito com técnicas e materiais específicos. Vale a pena conhecer!
Gostou das dicas de hoje?
Nos vemos em breve!