O poder da comunicação com a mulher mais importante da sua vida: você

Sempre que pensamos em Oratória nos vem à mente algo relacionado ao conjunto de técnicas e ferramentas próprias para superação do medo de falar em público, como fazer palestras e apresentações de impacto, posicionamentos nas redes sociais, habilidades para vendas, a arte de contar histórias que conectam (Storytelling) ou mesmo, gatilhos mentais para prender a atenção do ouvinte para o persuadir e influenciar.

Mas hoje vamos falar sobre uma comunicação pouco abordada, mas sem dúvida, a mais importante de todas! Como especialista em Comunicação e Oratória afirmo com muita convicção, que muito mais do que técnicas e estratégias para desenvolver eloquência e desenvoltura em sua fala com os outros, comunicar-se consigo mesma é a tarefa mais relevante e também, a mais complexa.

A arte de lapidar a nossa habilidade de nos comunicarmos com intencionalidade ao nosso próprio coração é o alicerce correto que estruturará toda a transmissão de mensagens com o mundo exterior. E é sobre essa comunicação que teremos a oportunidade de nos debruçar agora.

Todas nós, mulheres, nascemos com uma necessidade em comum: estabelecer vínculos e relacionamentos íntimos e duradouros. Essa é a razão que norteia, na verdade, toda a nossa comunicação. E existem quatro maneiras extremamente eficazes de termos contato com o mundo: o que fazemos, o que aparentamos ser, o que falamos e como falamos.

Somos todos os dias avaliadas e classificadas por meio de nossos comportamentos, atividades, por nossa comunicação verbal e não verbal, nossas vestes, postura, cabelo, gestos, nossas palavras e a maneira como as pronunciamos – se ríspida ou amavelmente, se timidamente ou com autoridade. Descobrir como podemos usar essas ferramentas de conexão a nosso favor, nos destacará como comunicadoras de excelência.

Para tanto precisamos trazer luz ao tema da comunicação interna pois negligenciamos, sobremaneira, o refinamento, a delicadeza e compaixão das nossas falas com nós mesmas, no íntimo do nosso ser, palavras que sequer são pronunciadas. Por vezes, somos muito compreensivas e incentivadoras com as pessoas com as quais nos relacionamos, mas somos muito severas na nossa autocrítica.

Isso acontece porque o autossacrifício feminino é um padrão tão incorporado a nossa cultura que não damos conta de que nunca fomos ensinadas a nos comunicar com leveza e persuasão conosco e, sequer nos despertamos para a necessidade de nos convencer intencionalmente a fazer, falar ou pensar em algo que sabemos ser o melhor para nós. Somos ótimas conselheiras para com os outros, mas agimos no piloto automático quando o assunto diz respeito a nossa pessoa, sem nem parar para “bater um papo” a sós com nossas ideias e pensamentos antes de qualquer decisão. Interessante pensar sobre isso, não é?

Já aconteceu de, em algum momento da vida, você experimentar a incoerência de viver contrariamente ao que você acredita? Sabemos exatamente tudo o que é importante para nós e porquê, mas não conseguimos, na integralidade, agir de acordo. Sabemos de cor que não devemos nos envolver com cafajestes, por exemplo, que não precisamos ser boazinhas demais, nem dar confiança a todo mundo e que somos muito capazes e competentes para muitas tarefas. Mas por alguma razão, alheia a nossa racionalidade, nos surpreendemos com nossas próprias atitudes e comportamentos totalmente diferentes daquilo que defendemos com unhas e dentes. Por que isso acontece, afinal?

É que não paramos para observar que a raiz dos nossos problemas reside nas falhas da nossa comunicação!

Muitas vezes, emitimos mensagens antagônicas ao que queremos expressar, pois o nosso discurso não verbal é contraditório ao verbal. Há uma relação perfeita entre o que comunicamos e o que fazemos. E isso justifica o fato de estarmos inconscientemente reproduzindo padrões de comportamentos tóxicos e nocivos, mesmo sabendo que determinadas atitudes são equivocadas. Isso mesmo! Temos sido nossas maiores adversárias por não estarmos investindo na qualidade da nossa comunicação interna.

Preciso chamar sua atenção para uma verdade que embora simples é extremamente grandiosa: a comunicação exerce o poder de moldar a realidade! Tudo o que fazemos, vivemos, lembramos, nos dispusemos a executar, planejar, sonhar e realizar, nasce inicialmente na nossa comunicação interna.

Isso porque antes mesmo de apresentar as ideias ao mundo, elas são comunicadas internamente em nossa mente e coração! Agir e efetuar são meras consequências daquilo que já conversamos, antecipadamente, conosco. Logo, a nossa realidade, nossos relacionamentos, carreira, a maneira de ver e interagir com o mundo deriva da qualidade da comunicação interna: se somos tolerantes ou impacientes, amáveis ou nervosas, perdoadoras ou implicantes, se nossos relacionamentos são bem-sucedidos, nossas carreiras brilhantes, enfim, absolutamente tudo é oreflexo da qualidade das conversas que tivemos com nósmesmas.

E essa habilidade de ter uma comunicação interna produtiva não é necessariamente inata. Qualquer pessoa que tenha despertado sua consciência para sua importância e relevância, consegue desenvolvê-la. Tudo o que é preciso é vontade e determinação aliado a um bom direcionamento para a transmissão da mensagem correta e da maneira adequada. O perfil comportamental deve ser considerado também, pois como seres diferentes, respondemos a estímulos de formas diversas.

Diante do exposto, podemos afirmar que a melhor forma para adquirir excelência na nossa comunicação interna é investirmos massivamente no autoconhecimento. Afinal, só amamos verdadeiramente quem conhecemos! Então, ouça-se com carinho e sem julgamento, ame-se e perdoe-se como você faria a um melhor amigo. Assuma um relacionamento de amor e compromisso consigo e terá uma linguagem de amor alinhada aos seus objetivos e coerente com a história de vida que quer escrever.

Ao cuidar da forma como nos comunicamos internamente, teremos o poder de mudar a forma como vemos a nós mesmas. Existem técnicas e ferramentas muito legítimas e eficazes de verbalizar características que ainda não desenvolvemos, que ao serem proferidas com a escolha de palavras afirmativas e edificantes ao nosso respeito, essa comunicação terá o condão de nos elevar a um próximo nível.

Mulheres são seres falantes por natureza, e mais do que melhorar e aprimorar a qualidade das nossas falas ao mundo, nos atentemos em refinar a nossa comunicação interna, escolhendo palavras poderosas, que estimulem nossa ação e reforcem nossa real identidade de princesas, delicadas e sensíveis que somos.

Acredite: o sucesso de uma boa comunicação e oratória começa com a verdadeira transformação dos nossos comportamentos, posturas e atitudes mentais originadas pelo poder sobrenatural da comunicação interna.

Permita que sua comunicação intrapessoal esteja alinhada com seus mais elevados propósitos. Mude sua realidade e viva o extraordinário a partir da qualidade das suas conversas íntimas com a pessoa mais importante da sua vida: você mesma!

Não subestime o poder da oratória e aplique-o primeiramente consigo, e todos os outros frutos da comunicação como, reconhecimento, autoridade, influência, respeito e validação lhe serão acrescentados.

Dra Danielle Regis é Advogada há 21 anos, Palestrante, Pós Graduanda em Terapia Familiar, com experiência como Juíza Conciliadora do Tribunal de Justiça da Bahia, Especialista em Comunicação e Oratória, Empreendedora no Negócio de Educação OnLine, Mentora do Curso “O Milagre da Oratória” na plataforma digital do Instagram no @daniregisoficial, casada há 20 anos e mãe de Eduardo e Alice.

Revista Revolution

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