A culpa materna é um tema que sempre me deu vontade de escrever sobre.

Dizem que quando nasce uma mãe, nasce uma culpa. Para mim, a culpa já existia há muito tempo, só que na maternidade, as cobranças e pressões sobre nossas ações e consequentemente nos faz sentir a culpa com muito mais intensidade. E isso vale tanto para a culpa que nós mesmas nos concedemos, ou para a culpa que terceiros nos impõe (até mesmo sem querer).

Nós mãe sentimos culpa desde a escolha da via de parto, sentimos culpa em sair sem o filho e aproveitar, em ir trabalhar e deixar o filho com a avó, em contratar uma babá para nos auxiliar no dia a dia, sentimos culpa em comprar algo para nós e não para eles, em ir tomar banho e ligar uma tela pra entreter o filho, sentimos culpa quando não amamentamos, e também quando paramos de amamentar..

Quantas vezes você, que é mãe, já se sentiu culpada? Eu mesma, me senti inúmeras vezes diminuída, por mim mesma a um nada, porque não consegui fazer para o meu filho do algo do jeito perfeito que eu queria.

Culpa é um sofrimento considerado reprovável por nós mesmas. E esse sofrimento não deveria caber às mães que se esforçam por dar seu melhor a cada dia. A culpa não nos leva a lugar nenhum.

Mas, não basta apenas nosso próprio julgamento, também precisamos aturar o julgamento de outras pessoas.

Consigo pensar nas frases que já cheguei a ouvir pessoalmente e já ouvi que várias amigas e mães me relataram que tiveram que escutar, na maioria das vezes, caladas. Aposto que você que é mãe já deve ter uma lista delas. 

Quantas pessoas apontam o dedo e falam (ou pensam) mal de uma mãe conhecida, parente ou “amiga”, julgando que ela poderia ter feito diferente, analisando a vida dela apenas pela sua visão de fora.

Na maioria das vezes, aí vem a famosa “culpa materna”.

Se você, mãe, sente que não está conseguindo fazer da maternidade aquilo tudo que gostaria ou sonhava, saiba que você jamais estará sozinha! Somos muitas as mães que gostaríamos de conseguir fazer tudo de forma perfeita com nossos filhos, mas que enfrentamos vidas normais e na maioria das vezes nada perfeitas, e por isso, temos que rebolar para fazer acontecer da melhor forma possível.

Não existe um manual para como ser uma mãe perfeita, não tem receita nem fórmulas mágicas! Você, mãe só tem que ter uma certeza no mundo.. VOCÊ é a melhor mãe para seus filhos, e SEMPRE vai fazer o que achar ser o melhor para eles, e quer saber? É sim o melhor para eles!

A mãe perfeita até existe, mas ela ainda não teve filho!

Kamilla Corsino

Kamilla Corsino

Kamilla Corsino, 32 anos, esposa do Lucas, mãe do Vitor. Graduada em psicologia e em direito, atuando na área administrativa de uma empresa. Jogo Beach Tenis e amo passar o tempo livre com minha família.

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