Feminilidade saudável é a expressão autêntica das características que uma mulher sente que fazem parte de sua identidade. Ela pode incluir aspectos como delicadeza, sensibilidade e empatia, mas também podem incluir força, assertividade e independência.
O conceito não impõe um “jeito certo” de ser mulher, mas incentiva cada uma a abraçar o que é significativo para si, redefinindo sua relação com o ser feminino e se afastando de estereótipos e expectativas sociais rígidas, para se aproximar de uma vivência autêntica e integral.
A feminilidade saudável busca valorizar o bem-estar, a liberdade emocional e a expressão genuína de cada mulher, respeitando assim, a sua individualidade.
Ela refere-se ao ato de nos reconectar com características historicamente associadas ao feminino como a sensibilidade, a empatia e a intuição, sem que essas qualidades se tornem uma obrigação ou um peso para nós.
A ideia é que cada mulher possa criar uma relação livre e consciente com o que significa ser feminina para ela.
Essa abordagem busca o equilíbrio. É sobre se conectar com o lado emocional sem perder o senso crítico e a racionalidade, ser gentil consigo mesma e, ao mesmo tempo, saber quando dizer “não” sem culpa. Feminilidade saudável não é frágil nem estática, é adaptável, forte e diversa.
Podemos citar aspectos importantes como a autenticidade e o autoconhecimento, já que saber identificar o que é essencial para você, sem se prender ao que a sociedade espera ou até mesmo determina, é um passo crucial. Ser autêntica é expressar suas emoções, opiniões e desejos com clareza, sem medo de parecer “muito” ou “pouco” feminina.
Ela abarca aspectos como, por exemplo, a autoaceitação, autocuidado e limites.
Feminilidade não se define apenas por padrões estéticos, mas pela capacidade de aceitar o próprio corpo em todas as fases da vida, respeitando suas mudanças e celebrando sua singularidade. Uma relação saudável com o próprio corpo é fundamental.
Embora o autocuidado seja parte importante da feminilidade, ele vai além da estética e inclui também cuidar da saúde emocional e conseguir estabelecer limites saudáveis. Saber quando dizer “sim” e “não” é um ato de amor-próprio que fortalece a identidade feminina.
Feminilidade saudável também se reflete nos relacionamentos que cultivamos. Conexões saudáveis, seja com amigos, parceiros ou familiares, baseadas em respeito e reciprocidade são essenciais. Adquirir a capacidade de oferecer cuidado sem abrir mão de si mesma é um aspecto importante dessa vivência. Por isso eu sempre digo: “devemos ser boa para os outros, mas devemos ser boa para nós também!” Nossa relação conosco mesma precisa ser de amor e respeito, compreendendo nosso valor e importância.
Ser feminina de forma saudável é também permitir-se ser vulnerável quando necessário, mas sem perder a capacidade de se reerguer.
Essa força emocional é uma das expressões mais genuínas da feminilidade, pois mostra que não há problema em se sentir vulnerável e, ao mesmo tempo, ser resiliente. Não é sinônimo de fraqueza o fato de estar vulnerável. É, na verdade, uma demonstração de coragem e da certeza de que isso não desfaz de quem somos, mas nós coloca num lugar de realidade, sem as máscaras tão usadas das “mulheres maravilhas” que tudo suportam.
Feminilidade saudável é sobre liberdade. Liberdade de escolha e expressão. Liberdade para se expressar da forma que faz sentido para você, seja usando maquiagem ou não, sendo delicada ou assertiva, mãe ou não, focada na carreira ou nos projetos pessoais.
Cada mulher tem o direito de definir sua própria identidade e, principalmente, de mudá-la ao longo da sua vida.
Cada mulher tem o direito de definir sua história e é claro, terá que se haver com cada uma das suas escolhas.
No final das contas, feminilidade saudável é sobre encontrar equilíbrio, acolher a pluralidade e libertar-se de rótulos. É viver de forma alinhada aos seus valores, com suas crenças e desejos, criando espaço para que outras mulheres também se sintam livres para fazer o mesmo. Afinal, a verdadeira essência da feminilidade está em ser quem você é, com toda a beleza e complexidade que isso envolve.
Arrisque-se!
Com carinho,
Fátima Aquino
Psicóloga Clínica