Pós-eleições, o que muda aos olhos internacional e dos investidores?


Durante o todo o processo eleitoral no BRASIL, os fundos seguiram atentos às escolhas para o Congresso enquanto analistas políticos ressaltam a importância das relações internacionais em um cenário geopolítico em transformação, ou seja, as eleições foram observadas com especial interesse.
Afinal, trata-se de um momento de transformação no cenário global, como uma guerra na Europa, a crise do gás natural e discussões sobre o futuro da democracia no mundo.
Após as eleições, a expectativa é que a econômica brasileira venha desacelerar, ou seja, impactos dos juros altos tende a frear atividade na reta deste final de ano, conforme indicam analistas. Segundo eles, a perda está associada aos efeitos defasados dos juros altos, que dificultam o consumo de bens e serviços mais dependentes da concessão de credito. Como também, o endividamento das famílias e a redução do estimulo da reabertura da economia, são considerados fatores que podem segurar a atividade.
Economistas acreditam que os efeitos da política monetária se tornem cada vez mais claros, diz Lucas Mercadante, da Rio Bravo Investimentos, sobre o impacto da alta de juros. A perda de folego da economia já estava prevista para a segunda metade do ano de 2022, e o que tende a impedir essa desaceleração maior, é o reflexo das medidas de estimulo adotadas ao longo do ano eleitoral.
Apesar da perspectiva de um Estado mais inflado e protecionista, o retorno de Lula significaria a volta do Brasil ao cenário internacional. Bolsonaro se tornou persona non grata no exterior, num contexto em que os aspectos ambientais assumiram protagonismo nas escolhas das grandes companhias e fundos, observa Fernando da Cruz Vasconcellos, diretor da Valuation Consulting, em Londres. “Se tiver disciplina fiscal e continuar fazendo as reformas necessárias – apesar de ser muito difícil, como a gente tem visto -, o Brasil tem um futuro muito promissor em ESG [ambiental, social e governança], que cada vez mais está no centro das atenções dos investidores do mundo inteiro”, avalia. “
Às vésperas da disputas com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que venceu o pleito, o presidente Jair Bolsonaro (PL) apostou na liberação de recursos, na ampliação de benefícios sociais e no corte de tributos sobre itens como combustíveis.
O PIB deve avançar 0,6% no terceiro trimestre, e para o quarto trimestre, a projeção é re recuo de 0,4% neste ano de 2022. Há uma possível variação positiva de 0,3% projetada para os últimos três meses do ano, visando o crescimento de atividades de comercio e serviços na reta final do ano, marcada por Black Friday e Ntal, considerados setores de hipermercados e supermercados e o de vestuário, com produtos de valor mais baixo, fazem parte da lista, e mais, com a chegada da Copa do Mundo em novembro a dezembro, haverá estimulação nas atividades como a de bares e restaurantes.
Para o ano de 2023, sobre o novo governo Lula, um dos principais desafios da gestão será conciliar a responsabilidade fiscal com o pagamento de benefícios sociais prometidos durante a campanha, incluindo o valor mínimo de R$600 para o Bolsa Família – nome que deve rebatizar o auxílio do Brasil.
Quanto aos investimentos sustentáveis A percepção sobre o próximo presidente muda conforme a origem – os investidores nacionais tendem a preferir a continuidade. A saída dos nacionais dos fundos de ações brasileiros ante à perspectiva da volta do PT ao poder já acumula R$ 55 bilhões no ano. Já os estrangeiros veem com bons olhos a volta do petista. Muitos ainda se lembram com nostalgia da época em que os investimentos em títulos e ações no Brasil resultavam em retornos de dois dígitos, nos anos 2000.
Com a China desacelerando, a Rússia em guerra e a Europa em plena crise energética, o Brasil é visado como um mercado emergente com potencial em 2023.

Giulia Cherulli

Giulia Cherulli

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